Não sei o que há comigo

Nunca me senti bem

Em lugares fechados, onde tem muita gente.

Eu sempre fui avesso ao usa da gravata, paletó.

Festa de formatura, casamento.

Ouvir discurso elaborado então,

Se ainda fosse dito de improviso, vá lá.

Certa vez fui a uma Palestra

Iam ensina como se faz um Galpão

De cara Fiquei invocado

Com uso daquele palavreado em Inglês

Que o palestrantes tanto usava

Em lugar de nosso velho e bom português

Prefiro o nosso jeito abagualado e chucro de falar

Direto às claras com a força que só a verdade tem

Como falavam Feed back

É feed back pra cá e feed back pra lá

E eu sem entender nada

Pensei com os meus botões

Se o Back está fedido

Que vá a uma sanga lavar

Mas usem sabão em barra

Não me use sabão em pó

Se não as bolhas não param de soltar

E vai me poluir todo o Ambiente.

Duas horas ouvindo aquelas conversas

Anunciaram “Coffe Break”

Todos saíram da sala, não sei por quê?

Fiquei sentado, não sou assustado.

Sabe Deus o que era aquilo

E eu louco por um café com bolacha

Fui lá mais pra ver

Uns moldes pra faze um galpão

Gastaram toda a amanhã falando em “Lay out”

E só mostravam uns riscados no mapa.

Pra gastar o tempo piquei um fumo em rolo

Enrolei o palheiro. Acredita! Não me deixaram a acender.

Retruquei. Tiraram-me a força da sala.

Autor:: Roque Palermo

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