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Gaúcha Guerreira
Gaúcha Guerreira

 

 

Centro de Tradições Gáucha de Uberaba - MG

Cultura Nativa



Poesia: Gaúcha Guerreira



Em cada um desses livros,
que abordam coisas do Pampa,
logo encontramos a estampa
de um gaúcho destemido,
homem de brio, aguerrido,
que soube alargar fronteiras,
mas não falam da parceira,
que acompanhou seu marido.

 

Falam muito na bravura
dos soldados nas trincheiras,
mas onde estão as guerreiras
que povoaram esta terra?
No Litoral, Pampa e Serra
nunca lhes dão importância.
Mas quem defendeu a estância,
durante os tempos de guerra?

 

Certamente uma heroína,
lá na memória do tempo.
Sem medalha ou monumento,
satisfaz a indagação:
- e aquele fuzil na mão,
daquela mulher bonita?
Foram tantas as Anitas
semeadas por este chão!

 

Enquanto o homem peleava,
em seu instinto carancho,
a mulher guardava o rancho
dos saques, pelas guerrilhas;
cavalgando nas coxilhas
ela se fez sentinela,
sem esquecer das panelas
e a proteção da família.

 

Desde a Índia Ponain
à prenda contemporânea,
tanto a que veio da Espanha,
nativa ou de Portugal,
da Polônia ou da Alemanha,
seguiram tantas campanhas
vestindo nosso ideal.

 

A mulher se fez presente
nas lutas por nossa terra,
simbolizada em Ana Terra
e Bibiana Cambará.
No passo do Jacaquá
a História fala tão pouco,
mas não foi só o Cabo Toco
que peleou no Caverá.

 

Na voz da mulher gaúcha
peço reconhecimento,
para puxar mais um tento
do Laço da Tradição.
Que acenda a luz da razão,
o erro não continue
e a mulher se perpetue
na História deste meu chão!


Autor: Salvador Ferrando Lamberty









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