Centro de Tradições Gáucha de Uberaba - MG
Cultura Nativa
Poesias e Versos
Uberaba, Saudade!
Cidade das Sete Colinas - Rincão da Farinha Podre
No meu andar gaudério
Por lá fiz parada
Na sombra da gameleira
Desatrelei os bois da canga
Embaixo da carreta fiz abrigo
Na palma da mão piquei um fumo
Com a fumaça do palheiro
Espantei os pernilongos
Enquanto sorvia um chimarrão
Por lá fiz muita amizade
Conheci o Luis, Gilberto e o Carlos.
A Dalva, Isaura, o Paulinho, Tia Rose e o Julio.
O César e o Cezinha - Centro avante matador.
Joana, Ana, Vânia e o Itamar caboclo arretado.
O seu Caetano, o Seu Raimundo e o Zézão.
O Zé da Segurança, a Silvana e o Alemão.
Não esqueci de ninguém! Só não lembro o nome.
Para espantar o calor mergulhei
Nas sangas da água emendada
Por lá meus filhos Márcio e Rodrigo foram escoteiros
No 15º Grupo Inconfidente
Fizeram grandes amizades
E viveram momentos felizes graças aos
Chefes: Nivaldo, Regina, Luiz Humberto,
Chefe Fúlvio, Maurien e Janice.
E como esquecer do... Do... Quem?!
Como não lembrar dele, era o mais doido... Esqueci!
E das noites de acampamentos então!
Por lá encontrei uma gauchada desgarrada
O João Manoel, Alberi, Oscar e Valdir.
Longaro, Vanoli e os Moratelli.
O Paulo Ness e o Gaúcho Florismar
O Zé Ferreira, Fernando e o Pissetti.
Sem esquecer do amigo Waldivino
O Renato e sua cerveja caseira
Será que estes quéras ainda mateiam por lá
Tinha até o Teixeirinha
Não tocava nada e nem cantava
Mas era baixo e gordinho
Por lá eu vi
Os mineiros e gente de outros lados
Chimangos e maragatos, todos pilchados.
O Jarbas Degraf, o Ivo João Scherer.
Silvani e Edivaldo entre outros...
Por lá também vi
Lindas prendas: Tânias, Geises, Marias e Clarices...
Com seus pares a bailar.
O Jobert e o Pilatti que belas criaturas
Que Deus os tenha no rancho grande lá do céu
Por lá conheci uns trem!
Bão!...Bão! Barbaridade!
O pão de queijo
Que já vendem por aqui
Há! Não é como os de lá
O Gado Zebu, Nelore e o franguinho caipira.
Licor de jabuticaba amanhecida na pinga
Quem bebe não precisa de mandinga
Já a manga colhida no pé tem outro sabor
O queijo mineiro, sem igual.
O Doce de leite, então, humm!
Por lá eu vi
O Tamanduá Bandeira a sestear
Na sombra de uma palmeira
Ouvi o canto da seriema
E sua corrida matreira
O lobo Guará cruzando o cerrado
Em busca da lobeira
Onça eu nunca vi, se visse.
Vasava na braquiára
Como estava de passagem
Logo preparei os trens
Mas antes de por o pé no estribo
Para não fugir da briga e nem quebrar a regra
Com os amigos fundamos o CTG “Cultura Nativa”
Que mantém viva as origens e as tradições do Gaúcho.
Um dia desses encilho o pingo
Ponha a chinoca na garupa
E boleio a perna por lá.
Autor:: Roque Palermo
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