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Centro de Tradições Gáucha de Uberaba - MG
Cultura Nativa
Poesia: Tropas de Sonhos
Madrugadita, vou de-a-cusco e de-a-cavalo Cortando campos nevoentos de umidade. Tropeio sonhos bons e, ao léu, espanto os malos Deste meu peito, parador de mil saudades.
E esta pontinha de bons sonhos que tropeio Me impõe cuidados por valiosa, embora chica. Sobrevivente, ela é o florão dos meus anseios Na longa ronda por quem parte, de quem fica.
E, todavia, pode ser que, um dia desses, Revele a vida um rincão pra que estes sonhos Deixem de ser arteiros quais guris medonhos E me permitam envelhecer dignamente.
Então é certo: -Vou soltar os meus cavalos! Nas alpargatas buscarei o meu sossego. Dos meus arreios prá cadeira num pelego Para estes sonhos, um por um, eu ressonhá-los. x
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